Aula 8
[1] Guidorizzi, H.L., Um Curso de Cálculo, vol. 1, LTC. 5ª ed.
[2] Silva, L., Santos M., Machado, R., Elementos de Computação Matemática com SageMath, SBM, 2019.
Nota de aula produzida usando o software SageMath, usando o notbook Jupyter.Use o SageMathCell com vários exemplos em: sagectu.com.br/sagecell.html
Seja f uma função contínua em [a,b], então existem x1 e x2 em [a,b] tais que f(x1)≤f(x)≤f(x2) ∀ x∈[a,b].
df = diff(x^3-10*x^2+50)
solve(df==0, x)
weierstrass()
Veja págino 81 do livro: Análise Real Vol 1. Elon Lages Lima.◼
Seja f uma função contínua em [a,b], derivável em (a,b) com f(a)=f(b), então existirá pelo menos um c∈(a,b) tal que f′(c)=0.
rolle(x^2-2*x+1.2, 1, (0.5, 1.5), (-0.1, 0.6))
Caso 1:
f é constante em [a,b].Neste caso f′(x)=0 em (a,b), logo, para qualquer c∈(a,b), temos f′(c)=0.
Caso 2: f não é constante em [a,b].
Como f é contínua em [a,b], pelo Teorema de Weierstrass, existem x1 e x2 em [a,b], tais que f(x1) e f(x2) são, respectivamente, os valores mínimo e máximo de f em [a,b]. Como f não é constante, temos f(x1)≠f(x2) e como f(a)=f(b), necessariamente x1 ou x2 pertence a (a,b). Daí, como a derivada nos pontos de mínimo e máximo são iguais a zero, temos f′(x1)=0 ou f′(x2)=0. Portanto, existe c em (a,b) tal que f′(c)=0.
◼
Se f for contínua em [a,b] e derivável em (a,b), então existirá pelo menos um c em (a,b) tal que f′(c)=f(b)−f(a)b−a
Considere a função g(x), com x∈[a,b], dada por g(x)=f(x)−(f(a)+f(b)−f(a)b−a(x−a))Observe que g(a)=g(b) e que
g′(x)=f′(x)−f(b)−f(a)b−a.Pelo Teorema de Rolle, existe c∈(a,b) tal que
g′(c)=0Ou seja,
0=f′(c)−f(b)−f(a)b−a⇒f′(c)=f(b)−f(a)b−a.◼
Gráfico da função f(x)=x3−x2 no intervalo (−0.7,1.4) com dois valores c, tais que f′(c)=f(1.4)−f(−0.7)1.4−(−0.7)
f = x^3-x^2
sol = solve( diff(f, x) == (f(1.4)-f(-0.7))/(1.4-(-0.7)),x )
show(sol)
n(sol[0].rhs()), n(sol[1].rhs())
anime_grafico_f_tan_tvm(x^3 - x^2, 0.025, (-0.7, 1.4), (-1, 1))
Como Consequência do TVM temos o seguinte teorema:
Seja f contínua no intervalo (a,b).a) Se f'(x)>0 para todo x \in (a,b), então f será estritamente crescente em (a,b).
b) Se f'(x)<0 para todo x \in (a,b), então f será estritamente decrescente em (a,b).
a) Já que f'(x)>0, \forall x \in (a, b), sejam, c, d \in (a, b), com c<d. Vamos mostrar que f(c)<f(d).Como f satisfaz as hipóteses do TVM, existe \tilde{x}\in (c, d) tal que
f(d)-f(c) = f'(\tilde{x})(d-c).Como f'(\tilde{x})>0, pois \tilde{x}\in (a,b) e d-c>0, segue
f(d) - f(c) > 0 \Rightarrow f(c)<f(d).Portando, como a escolha de c < d, foi arbitrária, o resultado segue.
\blacksquare
Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de f(x) = 2x^3-x^2+3x+1. Esboce o gráfico.\blacksquare
f'(x) = 6x^2-2x+3e
6x^2-2x+3 = 0 \Leftrightarrow x = \frac{1}{3} \text{ ou } x = 3.Como o gráfico de f'(x) é uma parábola, sabemos que
\begin{cases} f'(x)>0 & \text{ em } \left(-\infty, \frac{1}{3}\right)\cup \left( 3, +\infty \right) \\ f'(x)<0 & \text{ em } \left(\frac{1}{3}, 3 \right) \end{cases}Como f é contínua, pelo Teorema 3.1, temos
\begin{cases} f \text{ é estritamente crescente em } \left(-\infty, \frac{1}{3}\right)\cup \left( 3, +\infty \right) \\ f \text{ é estritamente decrescente em } \left(\frac{1}{3}, 3 \right) \end{cases}\blacksquare
df = diff(2*x^3-x^2+3*x+1, x)
df.show()
show(solve(df==0, x))
plot(x^3-5*x^2+3*x+1, (-4, 8))
Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de f(x) = \dfrac{x^2-x}{1+3x^2}.Esboce o gráfico.
\blacksquare
plot((x^2-x)/(1+3*x^2), (-2, 2), aspect_ratio=1)
Sejam f uma função derivável no intervalo (a,b) e T_p(x) a reta tangente em (p, f(p)) ao gráfico de f, p\in (a, b).a) Dizemos que f tem concavidade para cima em (a, b) se
f(x)>T_p(x)para quaisquer x e p em (a, b), com x\neq p.
b) Dizemos que f tem concavidade para baixo em (a, b) se
f(x)<T_p(x)para quaisquer x e p em (a, b), com x\neq p.
\blacksquare
rolle(x^3-x^2, 1, (-0.7, 0.5), (-1, 1))
Sejam f uma função e p\in D_f, com f contínua em p. Dizemos que p é ponto de inflexão de f se existem a, b \in D_f, com p\in (a, b), tal que as concavidades de f em (a, p) e em (p, b) sejam opostas.\blacksquare
p1 = plot(x^3+1)
p2 = plot(1, color='red')
(p1+p2)
p1 = plot(sin(x), (-2, 2), aspect_ratio=1)
p2 = plot(x, color='red')
(p1+p2)
Seja f uma função que admite derivada até 2ª ordem no intervalo (a, b).a) Se f''(x)>0 para x \in (a,b), então f terá concavidade para cima em (a, b).
b) Se f''(x)<0 para x \in (a,b), então f terá concavidade para baixo em (a, b).
a) Sejam f''(x)>0 para x \in (a,b) e p \in (a, b) arbitrário. Vamos mostrar que f(x)>T_p(x),para todo x\in (a, b), com x\neq p, na qual, T_p(x) = f'(p)(x-p)+f(p).
Considere g(x) = f(x)-T_p(x), logo
g'(x) = f'(x)-f'(p), ~~ x\in(a,b),pois T_p'(x) = f'(p). Como f''(x)>0 em (a, b), pelo Teorema 3.1, f' é estritamente crescente em (a, b). Então,
\begin{cases} g'(x)>0, & \text{para } x>p \\ g'(x)<0, & \text{para } x<p. \end{cases}Mais uma vez pelo Teorema 3.1,
\begin{cases} g(x) \text{ é estritamente decrescente para } x<p, \text{ com } x\in (a, b)\\ g(x) \text{ é estritamente crescente para } x>p, \text{ com } x\in (a, b). \end{cases}Como g(p)=0, temos g(x)>0 para todo x\in(a, b), x\neq p.
E como g(x) = f(x) - T_p(x), temos
f(x)>T_p(x) \text{ para todo } x\in(a, b), x\neq p.\blacksquare
Estude a função f(x) = x^3-3x^2-9xcom relação à concavidade e pontos de inflexão.
\blacksquare
f''(x) = 6x-66x-6 = 0 \Leftrightarrow x = 1 \begin{cases} 6x-6>0, & \text{para } x>1\text{. Concavidade para cima em } (1, +\infty) \\ 6x-6<0, & \text{para } x<1\text{. Concavidade para baixo em } (-\infty, 1) \\ 6x-6=0, & \text{Ponto de inflexão em } x=1. \end{cases}\blacksquare
f = x^3-3*x^2-9*x
p1 = plot(f, (-3, 5))
p2 = plot( diff(f, x)(x=1)*(x-1) + f(1), (-0.5, 2.3), color='red')
(p1+p2)
Estude a função f(x) = x^2+\frac{1}{x}com relação à concavidade e pontos de inflexão.
\blacksquare
plot(x^2+1/x, (-3, 3), ymin=-6, ymax=6, detect_poles='show')